Primeiras impressões: Mini Cooper 2015
Hatch tem nova plataforma, ficou maior e ganhou equipamentos.
Motorizações também mudaram: agora vão de 1.2 a 2.0, sempre turbo.
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Recém-lançada no Brasil, a nova geração do Mini Cooper mostra que o ditado "em time que está ganhando não se mexe" só vale para o seu visual. A "cara" continua a mesma, com exceção de detalhes, como os novos faróis.
A terceira geração ficou maior e mais parruda, cada vez menos lembrando o carrinho acanhado do final dos anos 50. Mas as mudanças mais significativas estão onde o motorista não consegue ver.
A plataforma é completamente nova, e os materiais usados na construção, aços de alta resistência, contribuem para uma redução no 5 kg no peso final, segundo a Mini. São 1.175 kg ao total, apesar do aumento considerável nas dimensões externas. Há ainda uma nova linha de motores e o tanque de combustível foi aumentado de 40 para 44 litros.
O novo Cooper desembarca no país no momento em que a marca completa cinco anos de operação no mercado brasileiro. Inicialmente, está disponível nas versões Cooper, por R$ 89.950, Cooper S Exclusive Navi, de R$ 113.950, e Cooper S Top, por R$ 124.950, todas com câmbio automático de seis marchas. Entre agosto e setembro, chegará a versão Cooper S Exclusive, de R$ 107.950, e, em novembro, a mais básica, One, ainda sem preço definido.
Maior e mais moderno
Com 3,82 m de comprimento, 2,50 m de entre-eixos, 1,73 m de largura e 1,41 m de altura, o novo Mini Cooper ficou 9,8 cm, 2,8 cm, 2,6 cm e 1,4 cm maior, respectivamente, do que a geração anterior. O Cooper S tem comprimento um pouco maior: 3,86 m. O Cooper Mark I, de 1959, por exemplo, tinha apenas 3,05 m de comprimento e entre-eixos de 2,04 m.
Com 3,82 m de comprimento, 2,50 m de entre-eixos, 1,73 m de largura e 1,41 m de altura, o novo Mini Cooper ficou 9,8 cm, 2,8 cm, 2,6 cm e 1,4 cm maior, respectivamente, do que a geração anterior. O Cooper S tem comprimento um pouco maior: 3,86 m. O Cooper Mark I, de 1959, por exemplo, tinha apenas 3,05 m de comprimento e entre-eixos de 2,04 m.
Debaixo do capô, os propulsores 1.6 quatro cilindros da BMW dão lugar a uma linha de motores de três ou quatro cilindros, que deslocam 1,2, 1,5 ou 2 litros, sempre com a tecnologia TwinPower Turbo e injeção direta de combustível, que promete mais economia. A versão básica, One, terá um 1.2 de três cilindros e 102 cavalos. A Cooper também tem um tricilíndrico, mas de 1,5 litro e 136 cv. Por fim, as versões Cooper S contam com um 2.0 quatro cilindros de até 192 cv.
Ao volante
O G1 avaliou o novo Mini Cooper em um autódromo na cidade de Indaiatuba (SP), com as motorizações 1.5 e 2.0, e utilizando os três modos de condução disponíveis: Mid, Sport e Green. A opção por alterar a maneira de dirigir, aliás, é inédita no carro. Para escolher o modo, basta girar um anel seletor, posicionado na base do câmbio.
O G1 avaliou o novo Mini Cooper em um autódromo na cidade de Indaiatuba (SP), com as motorizações 1.5 e 2.0, e utilizando os três modos de condução disponíveis: Mid, Sport e Green. A opção por alterar a maneira de dirigir, aliás, é inédita no carro. Para escolher o modo, basta girar um anel seletor, posicionado na base do câmbio.
Em cada uma das configurações, são alterados o peso da direção e respostas da suspensão e do acelerador. Como os nomes já adiantam, a opção Green (verde, em inglês) privilegia a redução de consumo; a Mid é indicada para o cotidiano, enquanto a Sport tem comportamento bem diferente, mais arredio e divertido.
Na pista, os 56 cv que separam os motores 1.5 e 2.0 fizeram diferença. Não que o propulsor menor seja incompetente, pelo contrário. No dia a dia, os 136 cv do 1.5 são mais do que suficientes. A questão é que, com o propulsor 2.0, o Mini Cooper S fica muito mais divertido de se guiar, tanto em comportamento, como pelo ronco do motor, muito mais encorpado. Aliás, o som característico de motores três cilindros não é tão perceptível no Cooper. Nos dois casos, o câmbio casa muito bem com o motor, proporcionando trocas precisas, no momento certo.
Mudanças visuais discretas
Mesmo com mudanças discretas, o Mini está diferente da geração anterior, de 2006. Porém, conserva a essência que ganhou na reformulação completa de 2001, quando avançou tecnologicamente 40 anos em relação ao antigo Mini.
Mesmo com mudanças discretas, o Mini está diferente da geração anterior, de 2006. Porém, conserva a essência que ganhou na reformulação completa de 2001, quando avançou tecnologicamente 40 anos em relação ao antigo Mini.
Os faróis são novos no formado e no tipo de iluminação. Nas versões One e Cooper, são lâmpadas halógenas (comuns), enquanto no Cooper S, as luzes são de led.
A grade também mudou, e agora se prolonga até o para-choque. A tomada de ar inferior ficou menor e ganhou contorno cromado, acompanhando a grade principal.
Rodas e maçanetas estão diferentes. Na traseira, as lanternas ficaram mais largas, enquanto o para-choque foi redesenhado.
As versões Cooper e Cooper S podem, ainda, ser diferenciadas por detalhes. Na Cooper S, a grelha da grade possui formato de colmeia, com uma letra S no canto direito. A tomada de ar inferior ganha dois cromados nas extremidades. Na traseira, o escapamento tem saída dupla, e centralizada. As rodas, de 17 polegadas, são maiores do que as de 16 da Cooper, e 15, na One.
Interior renovado
As maiores mudanças no Mini, além da parte mecânica, aconteceram no interior, conferindo ao hatch grande melhora em ergonomia. O comando dos vidros elétricos não fica mais na parte baixa do console central, e está agora na posição tradicional, nas próprias portas.
As maiores mudanças no Mini, além da parte mecânica, aconteceram no interior, conferindo ao hatch grande melhora em ergonomia. O comando dos vidros elétricos não fica mais na parte baixa do console central, e está agora na posição tradicional, nas próprias portas.
Marca registrada do Mini, o cluster (painel informatizado) em formato de círculo continua no centro do console, porém não ostenta mais o velocímetro, que migrou para atrás do volante, junto com o conta-giros e o marcador de combustível. A partida agora é sem chave e feita por meio de uma tecla no console.
O quadro de instrumentos central ganhou um contorno com leds coloridos, que mudam de cor e interagem de acordo com a informação exibida. Nos modos de direção, o anel varia entre amarelo (Mid), verde (Green) ou vermelho (Sport).
Se a tela está exibindo informações de mapas, o arco se ilumina de azul. Conforme o motorista se aproxima do destino, as luzes vão completando um círculo. Ao ajustar a temperatura do ar-condicionado, os leds variam entre azul e vermelho, dependendo do ajuste feito pelo motorista, para deixar a cabine mais fria ou mais quente. Se o motorista não quiser as animações, pode desativar, nas configurações do veículo.
A partir da versão Cooper S, há o Mini Connected, central multimídia que permite acessar redes sociais, streaming de rádios e todas as configurações do veículo.
O que não mudou é o acanhamento da cabine. O Mini Cooper é um carro de imagem (aqueles que cativam o consumidor pelo emocional), ideal para quem não precisa levar mais do que um acompanhante. Isso porque o espaço nos bancos traseiros é apertado para dois ocupantes com mais de 1,70 m. Por outro lado, o porta-malas agora acomoda 211 litros, ou 51 a mais do que na geração anterior. Não chega a ser um grande compartimento, mas leva duas malas pequenas com sobras.
Equipamentos e preços
O fator que mais joga contra o novo Mini Cooper é a relação dos preços com os equipamentos de cada versão.
O fator que mais joga contra o novo Mini Cooper é a relação dos preços com os equipamentos de cada versão.
A Cooper, de quase R$ 90 mil, por exemplo, tem, de série, ar-condicionado digital de duas zonas, seis airbags, controles de estabilidade e tração. Características que devem aborrecer o comprador de um carro desta faixa são os bancos de tecido e o rádio, simplório, de iluminação monocromática laranja.
Saltando para a opção intermediária, Cooper S Exclusive Navi, o preço sobe para R$ 113.950, mas a oferta de equipamentos melhora consideravelmente. Nela, além do motor 2.0, há saída dupla de escape, central multimídia de 6,5 polegadas com Mini Connected e sistema de navegação, rodas de 17 polegadas, faróis com iluminação integral em leds e borboletas (paddle shifts) na direção para trocas de marchas.
A top, além dos itens da Exclusive Navi, troca a tela de 6,5 para 8,8 polegadas e adiciona navegação Mini Profissional, Drive Assistant, teto solar panorâmico, som Harman Kardon e head up display (placa de acrílico posicionada a frente do motorista com informações como velocidade). Nesse caso, há um acréscimo de R$ 11 mil, chegando aos R$ 124.950.
Conclusão
Quem deseja um "carro de imagem" e tem menos de R$ 100 mil para investir, deve olhar para o Cooper, mas sair em busca de outras opções. Uma boa pedida é o Fusca, de R$ 91.250. O modelo da Volkswagen, além do motor mais potente, um 2.0 turbo de 211 cv, tem sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, multimídia e bancos aquecidos e revestidos em couro de série.
Quem deseja um "carro de imagem" e tem menos de R$ 100 mil para investir, deve olhar para o Cooper, mas sair em busca de outras opções. Uma boa pedida é o Fusca, de R$ 91.250. O modelo da Volkswagen, além do motor mais potente, um 2.0 turbo de 211 cv, tem sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, multimídia e bancos aquecidos e revestidos em couro de série.
Porém, se esse comprador estiver disposto a ultrapassar os R$ 110 mil, terá no Cooper S, especialmente na versão top, uma boa opção em termos mecânicos e pacote tecnológico.
COMPARE O MINI COOPER ANTIGO COM O NOVO:
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