Séries especiais de carros homenageiam Copas desde 1982
Chevrolet, Fiat, Volkswagen e Hyundai já criaram versões comemorativas.
Segundo especialista, modelos não sofrem desvalorização maior.
Fruto da criatividade dos departamentos de marketing, as séries especiais de carros fazem parte das estratégias das montadoras para aumentar as vendas. A Copa do Mundo, um dos eventos esportivos de maior visibilidade do mundo, é, desde 1982, uma inspiração para esse tipo de série. Mas nem pense em extravagância em verde e amarelo: em geral, são poucas as alterações na aparência do veículo, que quase sempre se resumem a adesivos e inclusão de alguns equipamentos. As versões são simples de desenvolver e, assim, rapidamente chegam ao consumidor.
"Como são limitadas, as séries especiais, de qualquer motivo, são feitas para atrair o consumidor para as concessionárias. Lá, ele pode comprar o tal modelo ou conhecer outros, que não teriam a atenção dele em ocasiões normais", explica o consultor automotivo, Paulo Roberto Garbossa, da ADK Automotive.
De 1982 para cá, praticamente sempre houve um modelo homenageando a Copa no mercado brasileiro. Quatro marcas já criaram séries especiais. A Volkswagen, que atualmente patrocina a seleção brasileira, é a que há mais tempo faz ações do tipo. Nas últimas nove edições da competição, só não lançou modelos comemorativos em três. Já a Chevrolet teve séries alusivas entre 1990 e 1998. A Hyundai, como parceira da Fifa, lançou neste ano, pela primeira vez, uma edição Copa do Mundo no país. A Fiat foi a última a entrar no "clima" deste ano, com a série especial Uno Rua, que acompanha a campanha publicitária "Festa na rua".
Relembre séries especiais que celebram a Copa:
1982 – Copa na Espanha
1982 – Copa na Espanha
Volkswagen Gol Copa
O pioneiro das versões especiais de Copa do Mundo é o atual veículo mais vendido do país. Na época, o Volkswagen Gol estava no mercado há apenas dois anos, e ainda não era o carro mais popular, posto do Fusca. Mesmo assim, foi o escolhido para receber a edição especial comemorativa a Copa do Mundo na Espanha. Tinha itens exclusivos, para a época, como rodas de liga leve calçadas por pneus radiais, faróis auxiliares e uma exclusiva pintura azul, além do adesivo com a inscrição Copa, no vidro traseiro. Vendeu 3 mil unidades, ótima marca para o mercado no período.
1990 - Copa na Itália
Chevrolet Kadett Turim
Chevrolet Kadett Turim
Para comemorar a Copa do Mundo em solo italiano, a Chevrolet criou uma série especial para o hatch médio Kadett. Batizada de Turim, cidade que sediaria os jogos da seleção na Copa, a edição especial era baseada na versão intermediária, SL/E, com alguns itens da “esportiva” GS, como as saias laterais pintadas em preto fosco e aerofólio na traseira. Não tinha direção hidráulica, mas contava com os renomados bancos esportivos Recaro.
1994 – Copa nos EUA
Chevrolet Monza Club
Em 1994, pela segunda vez a Chevrolet homenageava o torneio de futebol com uma edição especial. Desta vez, o escolhido para receber a edição especial foi o sedã Monza, o mais vendido da categoria na época. Em vinho ou azul, trazia uma vasta oferta de itens de conforto. Eram de série vidros e travas elétricos e direção hidráulica. Como diferenciais, decalques alusivos à Copa, lanternas fumê, bancos com novos padrões de tecido.
Chevrolet Monza Club
Em 1994, pela segunda vez a Chevrolet homenageava o torneio de futebol com uma edição especial. Desta vez, o escolhido para receber a edição especial foi o sedã Monza, o mais vendido da categoria na época. Em vinho ou azul, trazia uma vasta oferta de itens de conforto. Eram de série vidros e travas elétricos e direção hidráulica. Como diferenciais, decalques alusivos à Copa, lanternas fumê, bancos com novos padrões de tecido.
Há 20 anos, os anúncios da Chevrolet para divulgar o sedã davam destaque ao motor de 2 litros com injeção eletrônica, painel com novos grafismos e pintura perolizada. Entre os opcionais, ar-condicionado, freios a disco nas rodas traseiras, ajuste de altura da coluna de direção e cinto de três pontos para os bancos traseiros.
Volkswagen Gol Copa
Oito anos após o primeiro Gol Copa, a Volkswagen trouxe de volta a série especial, que seria a última antes da mudança de geração do modelo. Ainda em 1994 seria lançado o Gol Bolinha, como ficou conhecido. Ainda na geração anterior, o Gol Copa 94 tinha um único ponto de semelhança, além do nome, com o irmão de 1982, os faróis auxiliares. Porém, desta vez o visual sugeria certo luxo, reforçado pelos retrovisores pintados no mesmo tom de azul (exclusivo) da carroceria, volante esportivo, quadro de instrumentos com relógio digital e lavador e limpador do vidro traseiro.
O motor era o AP 1.6. Completava o visual diferenciado o nome do veículo seguido pela versão com letras estilizadas. Seria a última vez que a Volks usaria a nomenclatura Copa em um modelo.
1998 – Copa na França
Chevrolet Corsa, Corsa Pick Up e S10 Champ 1998
Para celebrar a Copa do Mundo da França, a Chevrolet lançou uma trinca de modelos da série especial Champ. O hatch Corsa, de três ou cinco portas e sua derivação, Corsa Pick Up e a picape média S10 eram pintados de azul ou verde escuro com uma faixa amarela nas laterais, identificando a versão, além de equipados com rodas de liga leve. No Corsa hatch, com motor 1.0, a oferta de equipamentos era mais limitada. Porém, na picape, com motor 1.6, vidros e travas elétricos eram de série. Já a S10, sempre com cabine simples e motor V6, contava também com direção hidráulica, ar-condicionado, volante revestido em couro e alarme com controle remoto para abertura das portas.
Para celebrar a Copa do Mundo da França, a Chevrolet lançou uma trinca de modelos da série especial Champ. O hatch Corsa, de três ou cinco portas e sua derivação, Corsa Pick Up e a picape média S10 eram pintados de azul ou verde escuro com uma faixa amarela nas laterais, identificando a versão, além de equipados com rodas de liga leve. No Corsa hatch, com motor 1.0, a oferta de equipamentos era mais limitada. Porém, na picape, com motor 1.6, vidros e travas elétricos eram de série. Já a S10, sempre com cabine simples e motor V6, contava também com direção hidráulica, ar-condicionado, volante revestido em couro e alarme com controle remoto para abertura das portas.
2002 – Copa na Coreia do Sul e no Japão
Volkswagen Gol Sport
Apesar do nome sugerir esportividade, o motor era 1.0. A compensação vinha na lista de itens de série, com equipamentos ainda incomuns em carros mais caros da época, como rádio com CD player e antena de teto, faróis com dupla parábola e banco do motorista com regulagem de altura. Também contava com grade na cor do veículo, aerofólio traseiro, lanternas escurecidas e faróis auxiliares. Opcionalmente, podiam ser incluídos no pacote airbags, retrovisores elétricos e ar-condicionado. A cor de lançamento era o amarelo solar. Foram produzidas 15 mil unidades.
2006 – Copa na Alemanha
Volkswagen Gol Copa
O Gol tem, pela última vez, a nomenclatura “Copa” em uma edição especial. A série, baseada na quarta geração do hatch, teve 16 mil unidades produzidas, e era oferecida com motores flex de 1 ou 1,6 litro, sempre com quatro portas. As diferenças, desta vez, eram mais estéticas do que na oferta de equipamentos. A grade, por exemplo, era toda preta, formando um “V” na dianteira. Já os bancos possuíam um bordado com o nome da série. Um adesivo em alusão à Copa também era aplicado nas soleiras, portas e tampa do porta-malas.
De série, apenas o essencial na versão 1.0, como banco do motorista com regulagem de altura, conta-giros, desembaçador do vidro traseiro e porta-copos. Já no 1.6, eram adicionados direção hidráulica e faróis de neblina. Trio elétrico e ar-condicionado? Opcionais, assim como rádio com CD player e leitor de mp3. A cor de lançamento, mais uma vez, era o amarelo, porém havia opções de branco, cinza ou prata.
2010 – Copa na África do Sul
Volkswagen Gol Seleção
Como patrocinadora da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Volkswagen mudou o nome de sua série especial de Copa do Mundo, e o Gol passou a se chamar Seleção. Vendido apenas com motor 1.0 e quatro portas, tinha de série rodas de liga leve, direção hidráulica, som com mp3 e faróis de neblina. Assim como quatro anos antes, ar-condicionado e trio elétrico eram opcionais.
No visual, o tom de azul era novidade. As 3 mil unidades também vinham com emblemas da CBF estampado nos bancos e na lateral da carroceria. Na tampa traseira, o logotipo trazia a inscrição “Seleção”.
2014 – Copa do Brasil
Volkswagen Gol, Fox e Voyage Seleção
A Volkswagen reedita a série especial Seleção, mas estende a oferta a outros modelos, Fox e Voyage. Os três podem ser equipados com motor 1.0 ou 1.6 e transmissão manual ou automatizada, esta última exclusiva para motores 1.6. Ao todo, serão aproximadamente 20.000 unidades para a família.
Os diferenciais da série Seleção estão no estofamento dos bancos, baseado nos gomos de uma bola, adesivos nos para-lamas e na tampa do porta-malas, rodas de liga leve, bancos com uma faixa de couro, que lembra a faixa da antiga camisa da seleção e porta-copos com escudo da CBF em alto relevo. Opcionalmente, há rodas com desenho especial, ar-condicionado, volante multifuncional e sensor de ré. Todos os modelos trazem, de série, direção hidráulica e trio elétrico.
Hyundai HB20 e HB20S Copa
Pela primeira vez, a Hyundai lança uma versão especial comemorativa a Copa do Mundo no Brasil. Patrocinadora do evento desde 2002, a marca coreana lançou no país a série Copa do Mundo para seus dois best-sellers, HB20 e HB20S. Além da cor exclusiva, Azul Sky, grade com acabamento preto brilhante e dos tradicionais adesivos com o logotipo da competição, os veículos ganharam bancos de couro com costuras vermelhas, rodas diamantadas de 15 polegadas, maçanetas cromadas e rádio com central multimídia e tv digital.
Quem adquirir os modelos também levara a Brazuca, bola oficial da Copa e uma mochila da Adidas, outra patrocinadora do evento. HB20 e HB20S Copa do Mundo são oferecidos somente com motor 1.6, com opção de câmbio manual ou automático. A garantia dos modelos, normalmente de cinco anos, foi estendida para seis anos, em alusão a possível conquista do sexto campeonato mundial pelo Brasil.
Fiat Uno Rua
A Fiat foi a última a anunciar uma versão comemorativa da Copa. Como não é patrocinadora oficial do evento, apostou na edição Rua, em razão da campanha publicitária "Festa na Rua". A série, limitada em 2.000 unidades é baseada na versão Vivace 1.0. Apostando em um visual chamativo, o compacto tem uma série de adesivos, com a bandeira do país, nome da série, anéis da grade coloridos e nome do veículo com as cores da bandeira.
O interior é ainda mais extravagante. Os bancos, de tecido, são parcialmente azuis, com detalhes em amarelo. Nos assentos dianteiros, há a inscrição "Rua" bordada. Já os comandos do ar-condicionado e os cintos acompanham a tonalidade azul dos bancos.
Além dos detalhes, o Uno Rua é equipado com ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricos, volante em couro com regulagem de altura e faróis de neblina.
Série especial vale a pena?
Uma preocupação recorrente com as versões limitadas é a maior desvalorização na revenda, já que as séries são feitas em menor escala e, na maioria das vezes, têm algumas alterações estéticas – ainda que quase sempre discretas – ou cores exóticas de pintura.
Uma preocupação recorrente com as versões limitadas é a maior desvalorização na revenda, já que as séries são feitas em menor escala e, na maioria das vezes, têm algumas alterações estéticas – ainda que quase sempre discretas – ou cores exóticas de pintura.
"O custo-benefício ainda é o principal fator que define uma desvalorização no futuro. Se o modelo tem boa oferta de equipamentos por um preço semelhante ao carro 'comum', ele será bem aceito no mercado. As cores também influenciam muito. Tanto que, apesar de oferecer tons diferentes, como azul e amarelo, quase sempre há uma opção branca ou prata da mesma série", diz Garbossa.
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