sábado, 21 de junho de 2014

Teste: Peugeot 308 Allure 2.0 AT6 - Transmissão de valor - NEWS

Teste: Peugeot 308 Allure 2.0 AT6 - Transmissão de valor

20/06/2014 16:16  - Fotos: Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias

Teste: Peugeot 308 Allure 2.0 AT6 - Transmissão de valor
Com evolução no câmbio, versão Allure garante mais de um terço das vendas do 308

por Raphael Panaro
Auto Press


O intervalo entre um lançamento de na Europa e no Brasil está cada vez menor. A exceção é o Peugeot 308. Enquanto por lá a nova geração do hatch atrai elogios, ao inaugurar a plataforma modular do Grupo PSA, a subsidiária brasileira tenta dar algum poder de atração à antiga geração – produzida na Argentina desde início de 2012. Foi o caso de aposentar o arcaico câmbio automático de quatro marchas para instalar uma transmissão de seis velocidades já na versão intermediária Allure – só a “top” THP dispunha de recurso semelhante. Isso ajudou o modelo a terminar o ano na quarta posição entre os hatches médios, com mais de 900 unidades/mês – atrás apenas de Chevrolet Cruze, Ford Focus e Volkswagen Golf. Em 2014, no rastro da queda geral do mercado automotivo brasileiro, os números caíram para pouco mais de 500 emplacamentos mensais, mas suficientes para manter o 308 em quarto, à frente do Hyundai i30. E a versão Allure responde por 35% dessas vendas – ou 175 carros/mês.

De acordo com a Peugeot, o câmbio de seis relações foi calibrado para permitir que o motor funcione a maior parte do tempo em baixas rotações. Com isso, a marca garante ter melhorado o consumo de combustível e o desempenho. No zero a 100 km/h houve uma melhora de 0,8 segundo graças às relações mais curtas em 1ª e 2ª marchas – agora é feito em 9,1 segundos.



O mesmo ocorreu quanto às retomadas, principalmente de 80 km/h a 120 km/h, intervalo no qual o tempo foi reduzido em 0,5 s. Uma caixa mecânica com cinco marchas também está disponível. Mas nesta versão a Peugeot valoriza a vocação para o conforto. Tanto que, além do câmbio, o 308 ganhou novos coxins na suspensão, que absorvem melhor as irregularidades do piso. 

Quem completa o trem de força na configuração intermediária é o tradicional motor 2.0 16V flex com comando variável nas válvulas de admissão. Este propulsor é conhecido pela robustez e entrega a respeitável potência máxima de 151 cv a 6 mil rpm e 22 kgfm de torque a 4 mil com etanol no tanque. Quando abastecido com gasolina, os números caem para 143 cv e 20 kgfm.

Atualmente, a Peugeot pede R$ 69.190 pelo 308 Allure automático, que vem com ar-condicionado automático digital duas zonas com saídas de ar traseiras, retrovisor interno eletrocrômico, rodas de liga leve aro 17, controle de cruzeiro, CD Player com funções Bluetooth, seis alto-falantes e comando de áudio no volante. De série, também vem o teto panorâmico com acionamento elétrico da cortina. Por mais R$ 2 mil, a configuração intermediária recebe uma tela rebatível eletricamente de sete polegadas – não sensível ao toque – com GPS. Controle de estabilidade e airbags laterais e de cortina são restritas à versão topo, THP.



Ponto a ponto

Desempenho – O motor 2.0 litros de máximos 151 cv cumpre bem o seu papel de prover força ao 308. Graças à nova transmissão, o torque de 22 kgfm a 4 mil giros é melhor administrado e as trocas de marchas se dão de maneira suave. Não é um propulsor que “peça” acelerações mais vigorosas, porém não falta disposição ao hatch. Nota 8.

Estabilidade –
 Independentemente da versão com motor 1.6, 2.0 ou 1.6 turbo, o 308 é bem equilibrado. O modelo ganhou coxins mais macios que os anteriores, mas não reverteu completamente o tradicional ajuste mais firme da suspensão – que ajuda para manter o carro sempre na mão. Há aderência suficiente para contornar curvas fechadas sem perder a inclinação da carroceria. Nota 9.

Interatividade – Todos os comandos de som e controlador de velocidade de cruzeiro estão concentrados em dois satélites atrás do volante. É uma solução que funciona, mas os botões poderiam ser “atualizados” e pular para frente do volante. Mesmo não sendo visíveis, os controles têm disposição bastante lógica e intuitiva. Ao contrário do sistema de GPS – opcional – que demanda um certo tempo para se “pegar” o jeito de como funciona – ainda mais porque a tela não é sensível ao toque. Nota 7.

Consumo – O InMetro não aferiu o 308 dotado de câmbio automático. Apesar de a Peugeot falar em melhoria no consumo de combustível, o 308 não registrou boa média. Com gasolina e rodando a maior parte do tempo em trecho urbano, o hatch acusou uma média de 7,4 km/l. Nota 6.

Conforto – 
Nesse aspecto, hatch importado da Argentina é bem resolvido. Quatro adultos e uma criança podem viajar sem apertos. Os bancos também são confortáveis, com espuma de densidade correta. O belo teto panorâmico é o ponto forte do habitáculo e amplia a sensação de espaço. A suspensão foi ligeiramente amaciada e agora produz um pouco menos de solavancos e filtra um pouco melhor as pancadas secas provocadas pelo lunático asfalto brasileiro. Nota 8.

Tecnologia –
 O 308 já era um dos mais modernos de seu segmento. Tem plataforma que oferece boa rigidez e espaço interno e lista de equipamentos bem recheada, mas o câmbio automático de seis marchas elevou esse padrão. Pena que itens de segurança como controle de estabilidade e mais airbags só estejam disponíveis na versão mais cara. Nota 8.

Habitabilidade –
 As portas garantem um bom ângulo de abertura. Dentro, as cores são sóbrias e há porta-objetos para levar tranquilamente carteiras, chaves e telefones celulares. O porta-malas engole bons 430 litros, mas tem boca muito alta, o que dificulta a carga de objetos pesados ou volumosos. Nota 8.

Acabamento –
 Um dos trunfos do 308. Os arremates são caprichados e os materiais usados no habitáculo causam boa impressão. O couro dos assentos e do volante é de qualidade e agrada ao toque. Na versão Allure, o painel de instrumentos passa a ter fundo branco. Ainda existem diversos elementos cromados espalhados pelo habitáculo, como nos contornos das saídas de ar e alavanca de câmbio, por exemplo. No segmento de médios ou diante de carros com preços semelhantes, o acabamento do 308 é bem acima da média. Nota 10. 

Design – O 308 é praticamente uma evolução do antigo 307. Isso significa uma estética arredondada e sem grandes arrojos. Apesar de pequenas modernidades, com luzes diurnas de led, desde a chegada em 2012, o design dá a sensação de já estar obsoleto. Ainda mais com a nova geração na Europa “transpirando” novidade. Nota 6.

Custo/benefício –
 O posto de hatch médio com transmissão automática mais barato do Brasil foi perdido para o Chevrolet Cruze Sport6 – por pouco. A Peugeot pede R$ 190 a mais do que a marca norte-americana cobra por seu represente na versão LT: R$ 69 mil. Ford Focus e Volkswagen Golf são mais caros, porém mais equipados. O rival mais perto, o Hyundai i30, também tem um valor acima e parte de R$ 74.900. Em um critério mais pragmático, onde o custo seja levado em conta, o 308 faz boa figura. Nota 7.

Total – O Peugeot 308 Allure somou 77 pontos em 100 possíveis.



Impressões ao dirigir

Espaço para evolução

Na Europa, o novo 308 ganhou um aspecto esportivo, bem diferente do “pacato” carro vendido por aqui. Mas o hatch produzido na Argentina evoluiu – principalmente na questão mecânica. O novo câmbio automático de seis marchas deu ânimo ao modelo, que sofria com trocas lentas e muita indecisão do câmbio anterior. O atual “casamento” do sistema com o motor 2.0 litros de 151 cv é bom. É possível perceber logo nos primeiros metros mais agilidade do carro com a 1ª e 2ª marchas realmente mais curtas. Mas como toda relação, o entrosamento pode melhorar. A caixa ainda hesita em alguns momentos e parece não saber se aumenta ou reduz uma marcha. Em uma tocada mais agressiva, o ponteiro do conta-giros vai lá em cima e resulta em um enorme barulho no habitáculo.

Mas, uma vez acionada a tecla Sport, o câmbio reduz uma marcha sempre que se alivia a pressão no acelerador e o modelo ganha bastante agilidade. Só aí os 22 kgfm a 4 mil rotações conseguem preencher a perceptível distância entre as relações e se adapta melhor a uma condução entusiasmada. Quem optar por fazer as mudanças de forma manual por meio da alavanca pode se frustrar. O sistema troca sozinho se o motorista não faz o engate na hora adequada.

Já entrar em um Peugeot 308 de olhos fechados e só abrir depois é um bom exercício de adivinhação. O interior do hatch é igual ao sedã 408 e as “vitrines” francesas 308 CC e RCZ. Mas isso não é um mau sinal. O habitáculo não é tão moderno quanto do 208 ou do sedã grande 508, porém é bem alinhado à proposta do carro. O acabamento é excelente e transmite uma preocupação com os materiais e a montagem dos componentes. Não há rebarbas e, até em áreas menos nobres, a sensação é de qualidade e cuidado.

Ficha técnica

Peugeot 308 2.0 Allure AT6

Motor: A gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.997 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro com comando variável de válvulas. Bloco em alumínio. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial.
Transmissão: Câmbio automático de seis marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não oferece controle de tração.
Potência: 143 cv com gasolina a 6.250 rpm e 151 cv com etanol a 6 mil rpm.
Torque: 20 kgfm com gasolina e 22 kgfm com etanol a 4 mil rpm.
Diâmetro e curso: 85 mm X 88 mm. Taxa de compressão: 10,8:1.
Suspensão: Dianteira independente pseudo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos pressurizados e barra estabilizadora desacoplada. Traseira por travessa deformável, molas helicoidais, barra estabilizadora integrada e amortecedores hidráulicos pressurizados.
Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. Oferece ABS.
Pneus: 225/45 R17 em rodas de liga leve.
Carroceria: Hatch em monobloco, com quatro portas e cinco lugares. 4,27 metros de comprimento, 1,81 m de largura, 1,50 m de altura e 2,61 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais.
Peso: 1.392 kg em ordem de marcha.
Capacidade do porta-malas: 430 litros.
Tanque de combustível: 60 litros.
Produção: Palomar, Argentina.
Lançamento no Brasil: 2012. Atualização: 2013.
Itens de série: Airbags frontais, freios ABS com EBD, ar-condicionado bi-zona, vidros, travas e retrovisores elétricos, controlador de velocidade de cruzeiro, luzes diurnas em led, rádio/CD com USB, Bluetooth e comando satélite, volante revestido em couro, sensor de estacionamento traseiro, faróis de neblina, para-brisas acústico e rodas de 17 polegadas.
Preço: R$ 69.190.
Opcionais: Tela multifuncional de sete polegadas com GPS integrado.
Preço completo: R$ 71.190.

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